Com novidades este ano, estudantes intensificam rotina de estudos para o Enem

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Por Aratu Online

A menos de um mês para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), prova que dá acesso a maioria das Universidades públicas do país, os estudantes começam a intensificar a rotina de estudos.

Na edição deste ano, o exame passou por diversas modificações. A principal delas é a aplicação das provas em dois domingos consecutivos: 5 e 12 de novembro. Também na edição de 2017, o Enem não servirá mais para certificar o ensino médio, essa função volta a ser do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Segundo o Ministério da Educação, todas as alterações foram feitos tendo como base uma consulta pública realizada com mais de 600 mil pessoas. Na ocasião, cerca de 63% dos participantes votaram por manter a aplicação do exame em dois dias. Desses, 253.800 apoiaram a proposta de dividir as provas em dois domingos seguidos.

NOVA ORDEM

Outra mudança anunciada pelo MEC para a edição deste ano do exame fica por conta na ordem dos cadernos de questões: no primeiro domingo (5/11), serão aplicadas as provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação, com 5h30 de duração; no segundo domingo, dia 12, será a vez das provas de Matemática e Ciências da Natureza, com 4h30 de duração.

A estudante Danielle Mattos, de 22 anos, vê com bons olhos as mudanças para dois finais de semana de prova. No entanto, ela não gostou da nova ordem. Por conta, principalmente, da grande carga de leitura. “Ter humanas e português no mesmo dia é muito pesado. Leitura demais, sem exatas pra dar uma balanceada fica bem cansativo”, pontua.

O intervalo de uma semana entre aplicação das duas provas também foi avaliado de forma positiva para o estudante Yago Navarro, 25 anos. Ele tenta uma vaga no curso de Análise de Sistemas. “As pessoas com certeza vão sentir menos cansaço mental com esse ‘gap’ de uma semana entre as provas, afinal de contas são muitas questões né? Era terrível! Além disso, vai dar para revisar um pouco mais de conteúdo nesse espaço de tempo”, conclui.

ROTINA

Desde 2013 buscando um vaga para o concorrido curso de medicina, Danielle Mattos, mantém a rotina de estudos alinhada à programação do cursinho pré-vestibular, estudando as matérias do dia e, posteriormente, revisando o conteúdo para o Enem.

Já Eliel Ramos, morador da cidade de Esplanada, a 167 km de Salvador, não tem a mesma sorte em manter uma rotina regrada de estudos. Segundo o estudante de 20 anos, que desde 2014 realiza o exame, sua cidade não possui nenhum dispositivo que permita ele e a outras pessoas de se prepararem para o Enem.

Ainda segundo Eliel, o único curso disponível na região em que ele mora está acontecendo na cidade vizinha, e por conta da logística de transporte, fica impossibilitado de participar das aulas. De olho numa vaga no curso de Direito em Salvador, Eliel estuda por conta própria. Ele faz uso de tutoriais do Youtube, livros didáticos, além de acompanhar notícias pela internet.

Yago Navarro é outro candidato que também se ‘vira’ para dar conta dos conteúdos da prova. Ele vêm mantendo um ritmo de estudo há alguns meses. De segunda à sexta-feira, por exemplo, reserva três horas para estudar um pouco de cada disciplina. Se não bastasse, ainda conta com um aplicativo de celular que o ajuda a não esquecer dos temas já estudados. “Eu faço divisão dos meus estudos em horários diferentes do dia para absorver melhor o conteúdo. Ou seja, uma hora pela tarde, outra à noite e uma pouco antes de dormir. E, também, uso cartões de memória – um programa chamado Anki, que é bem útil”, explica.

SEM EXAGEROS
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É comum entre os estudantes correrem atrás do prejuízo nesta reta final do processo. Apesar da prática, educadores recomendam que, com a proximidade das provas, é preciso cuidar do bem-estar, principalmente do psicológico.

Evitar rotinas longas e cansativas de estudos e pisar no freio, tanto na vida acadêmica quanto na social, para inibir situações desgastantes que possam afetar o desempenho na prova é o que professor de Sociologia Leo Passos recomenda neste momento.

“É cada vez mais comum nos depararmos com alunos em estados emocionais críticos, principalmente quando o Enem se aproxima. Adotar uma rotina que não agrida o estudante, sem jornadas excessivas de estudos ou atividades e situações que aumentem o estresse, é fundamental para obter êxito nessa etapa”, pontua.