Vinte centros de distribuição geram cerca de 5 mil empregos na RMS

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Operação da Via Varejo emprega 600 pessoas e distribui produtos para todos os estados do Nordeste

A proximidade com o maior centro industrial da América Latina foi o principal fator para o desembarque dos cerca de 20 centros de distribuição (CDs) implantados no entorno do Polo Industrial de Camaçari. O mais recente deles, da fábrica de pneus Bridgestone, ainda em fase de implantação, deverá ser inaugurado ainda este ano.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do município, Sérgio Vilalva, já foram investidos, ao longo dos anos, cerca de R$ 400 milhões nos CDs, que, juntos, geram cerca de cinco mil empregos.

“Estamos trabalhando nessa nova gestão para trazer, pelo menos, mais R$ 200 milhões e investir nesses espaços, que são grandes geradores de emprego”, disse ao CORREIO.

Um centro de distribuição é uma unidade de apoio às industrias ou empresas, sendo uma unidade responsável pelo armazenamento e expedição dos seus produtos, seja para revenda, outras filiais ou diretamente para clientes finais.

Vilalva disse ainda que outros fatores, além do Polo Industrial, contribuem para atrair os CDs para a cidade. “Estamos muito bem localizados. A cidade fica próxima do Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães, do município de Lauro de Freitas, do Porto de Aratu, de Simões Filho, Salvador. E isso ajuda muito no escoamento da produção”, disse.

O secretário destaca ainda que a implantação de CDs é importante não apenas para atrair novos investidores, mas também para fixar os empreendimentos que estão instalados na cidade.

“Quanto mais uma empresa cresce, mais ela precisa comprar matéria-prima, então, para o fornecedor dessa matéria-prima, passa a ser interessante montar um CD próximo a quem compra para diminuir o valor com logística”, explicou.

Operação da Via Varejo emprega 600 pessoas e distribui produtos para todos os estados do Nordeste (Foto: Divulgação)

Via Varejo

Uma das grandes empresas que montaram sua base distribuidora no Polo Petroquímico foi o grupo Casas Bahia. O espaço entrou em funcionamento em 2010 e concentrou R$ 58 milhões de investimento.

De acordo com a empresa, são cerca de 600 funcionários na unidade. O CD integra a Estratégia Logística da Via Varejo. O centro distribui produtos aos clientes de todo o estado da Bahia e dá suporte logístico a outros mercados na região Nordeste. Ao todo, são abastecidas 91 lojas em todo o Nordeste.

De acordo com a empresa, o CD recebe, em média, 30 carretas por dia. Nessa operação são movimentados mais de 20 mil itens diariamente, sendo 40% desse volume para o consumidor final (entregas diretas) e 60% para as lojas do grupo.

A escolha por Camaçari se deu graças à franca expansão do centro industrial, no início da década, além dos fatores logísticos, como fácil acesso às principais rodovias do estado e rapidez para acessar os grandes mercados consumidores.

“Hoje, o Polo Industrial de Camaçari possui grandes empresas da indústria e do varejo, o que constata o nosso acerto”, afirmou a empresa em nota enviada ao CORREIO.

Dentre os benefícios proporcionados pelo CD baiano, a empresa destaca a agilidade na distribuição das mercadorias. E também a possibilidade de atender à chamada logística reversa, melhorando o fluxo das mercadorias para assistência técnica das lojas e do consumidor, quando isso se faz necessário.

Bahia

O estado da Bahia como um todo também possui características para se vender como importante centro logístico. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), nos últimos quatro anos, a Bahia recebeu mais de 240 novos CDs, entre projetos novos e de ampliação, que geraram 20 mil novos empregos em um total de R$ 15,2 bilhões de investimentos. Outros 500 projetos, que somam R$ 59,6 bilhões, estão em fase de implantação.

A posição do estado é o fator que conta. A Bahia está estrategicamente localizada entre os principais mercados da Amércia Latina, o que facilita o fornecimento de insumos, bem como a transferência de produção. O estado ainda faz fronteira com os principais mercados brasileiros, além de servir como ligação entre a região Centro-Oeste e o Oceano Atlântico.

Outro aspecto que é considerado pelos investidores, segundo a SDE, é que a Baía de Todos os Santos é a maior baía de águas profundas com águas protegidas no Atlântico Sul, a segunda maior baía navegável do mundo e um dos melhores lugares do Brasil para a instalação de portos, terminais, estaleiros, marinas e outras atividades náuticas.

CDS em números

Setor distribuidor cresceu 8,7%, revela associação

Apesar da crise, o setor atacadista e distribuidor na Bahia apresentou crescimento real (descontada a inflação) de 8,7% em 2016. Os dados são da Associação dos Distribuidores e Atacadistas (Asdab). A estimativa é que as cerca de 600 empresas baianas do setor somaram um faturamento da ordem de R$ 11,7 bilhões no ano passado, 4,7% das vendas nacionais do setor (R$ 250 bi).

O crescimento do setor na Bahia ficou acima da média nacional, que cresceu 0,6% em termos reais e 6,9% em termos nominais, atingindo faturamento de R$ 250,5 bilhões em 2016. O resultado, embora se aproxime da estabilidade em relação a 2015, foi considerado satisfatório, tendo em vista que, no ano passado, o PIB brasileiro caiu -3,6%. A Bahia também foi um dos destaques no Nordeste, já que outros estados, como Pernambuco (-0,8%) e Ceará (-0,3%), apresentaram retração.

O presidente da Asdab, Antonio Cabral, destacou que a Bahia responde por cerca de 10% do consumo nacional, mas representa menos de 5% do setor atacadista e de distribuição no país. “Temos muito espaço para crescer e gerar milhares de novos empregos”, garante.

O setor atende aos estabelecimentos varejistas que não têm volume de pedidos para adquirir produtos diretamente dos fabricantes: 95% do abastecimento dos varejos tradicionais e dos pequenos mercados, 85% do abastecimento de bares e 45% do que é fornecido aos varejos de farmacosméticos.

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Para o engenheiro mecânico Leonardo Sanches de Carvalho, os Centros de Distribuição são um dos pilares de otimização da cadeia logística. “Cresce a cada dia o número de empresas de diferentes setores que operam com CDs. Esse cenário se traduz em inúmeras vantagens pelo fato de um centro de distribuição centralizar processos de recebimento, estocagem, separação de pedidos e de manutenção de estoques necessários para controlar e equilibrar as variações entre a produção e a demanda dos consumidores”, diz ele, que é gerente das áreas de Logística, Produção, Automotiva e Equipamentos Móveis Industriais do Senai Cimatec. *Por Correio da Bahia